segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O ADVENTO, TEMPO DE REFLETIR E CELEBRAR

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Segundo o calendário litúrgico, hoje a Igreja de Cristo está adentrando num período chamado de advento. Este período consiste de quatro semanas no qual a Igreja, alegrando-se com a primeira vinda de Cristo, antecipa com esperança a sua segunda vinda.

Estas quatro semanas antecedem o fato primordial que revolucionou a história de toda a humanidade e, em especial, a história de cada um de nós que já tivemos um encontro pessoal com Cristo Jesus. O fato que estou me referindo é o Natal, quando nós comemoramos o nascimento dAquele que era, é e há de vir, Jesus Cristo.

Advento quer dizer, literalmente, aparecimento, surgimento, chegada, segundo o dicionário eletrônico Houaiss. É, portanto, o aparecimento de Jesus, dAquele que nos resgatou da prisão do pecado, nos livrou do domínio e da servidão do pecado. E nos tornou filhos de Deus por adoção.

Isto está claro no texto do Apóstolo Paulo aos Gálatas 4,4-7. No advento nós, a Igreja de Cristo, começamos a celebrar o aparecimento, a concretização da promessa de salvação que Deus havia feito através dos profetas. E como diz o texto de Gálatas acima citado, chegou a plenitude do tempo, o momento onde a salvação encarnou-se, onde o unigênito do Pai veio habitar entre nós e nos mostrar o que é ser realmente humano e ao mesmo tempo, mostrar como Deus age.

Neste período, esteja se preparando para celebrar, não apenas os presentes, não apenas o jantar e almoço com a família, mas sim, a vinda dAquele que nos deu o maior bem que poderíamos desejar, a salvação. Viva este período do advento refletindo sobre tudo o que Deus fez, faz e fará na sua vida, pela sua vida e através da sua vida.

Destarte, hoje começamos mais uma vez a viver e lembrar da história da salvação dos seres humanos, em especial, a nossa história da salvação. E ao viver e lembrar disto, sinta, veja e pense que tudo começou e se concretizou por causa de um amor incompreensível por nós. No entanto, um amor que nos toca, transforma e nos faz ver como somos amados e queridos por Deus. Que Deus lhe abençoe!

Do seu pastor,

Rev. Marcio Tenponi Pacheco

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sábado, 14 de novembro de 2009

APAGÃO ESPIRITUAL

Nesta semana vivemos uma experiência diferenciada com o apagão que atingiu vários estados do Brasil, especialmente o Rio de Janeiro.escuridao

Eu estava dirigindo quando aconteceu e a sensação foi muito curiosa, pois até mesmo a rádio que ouvia no momento ficou muda. Juro que um dos pensamentos que permeou minha mente foi, Jesus está voltando?

Quando percebi que ainda não era a volta de Jesus e que apenas estava faltando luz, fiquei mais tranqüilo. No entanto, quando sintonizo na rádio que toca notícia, ouvi que estava acontecendo um apagão em vários locais do país.

É impressionante o que acontece quando falta luz. Um verdadeiro caos se estatui. Ficamos sem direção, perdidos. Ademais, ficamos impossibilitados de fazer a grande maioria das coisas ou até ficamos estagnados, parados, sem o que fazer. Parece que com as trevas oriundas da falta de luz, o grande vazio que tamponamos com as várias atividades aparece de forma incontestável. A alternativa que muitos assumem é dormir que podemos até considerar uma grande metáfora da morte.

Foi neste emaranhado de pensamentos que me lembrei do texto: De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida (João 8:12). Duas coisas aconteceram, a saber: em primeiro lugar fiquei apaziguado, pois afinal Jesus, o verbo encarnado, é a luz da minha vida até mesmo no apagão, pois Jesus ainda continuava sendo a luz da minha vida. Em segundo lugar lembrei-me dos que estão perdidos, sem luz, sem direção, sem Deus no mundo. Estes vivem continuamente no apagão espiritual.sol

Destarte, temos dois grandes ensinamentos diante de nós. Jesus é a nossa luz e quando vivemos com Ele não andaremos nas trevas, mesmo quando o apagão acontece. Além deste ensinamento, temos o outro que diz respeito a nossa missão de anunciar esta luz que nos ilumina para aqueles que ainda vivem no apagão espiritual.

Do seu pastor,

Rev. Marcio Tenponi Pacheco

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Os Princípios da Reforma – parte II

Continaundo nossa explanação sobre os princípios da Reforma, vamos ao segundo:

 Cristo na Cruz imagem do filme

2º Princípio: Solus Christus - “Somente Cristo” ou a suficiência e exclusividade de Cristo

1) O ensino da ICAR

A respeito de Jesus Cristo, o ensino da ICAR é basicamente igual ao dos reformadores sobre a encarnação, nascimento virginal, divindade, morte vicária e ressurreição. O problema surgiu porque os reformadores se levantaram contra os ensinos da ICAR sobre o perdão dado pelo Papa, o culto a Maria instituído pela igreja em 431, o culto às imagens instituído em 787, a canonização dos santos instituído em 933 e etc.

Estes ensinos caracterizavam, como ainda caracterizam, o afastamento da ICAR da Palavra de Deus, do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Isto porque ao cultuarem Maria, os santos e imagens, eles os colocam como mediadores entre Deus e o ser humano. É verdade que teologicamente a ICAR sustenta que não há adoração a Maria e aos Santos, há veneração. Não obstante, basta ouvirmos atentamente as falas dos fiéis nas romarias e outras atividades afins que verificamos um verdadeiro culto aos santos e a Maria, colocando-os verdadeiramente como mediadores entre os seres humanos e o Senhor.

O culto a Maria talvez seja um dos aspectos mais fortes do catolicismo hodierno, pois a ICAR entende que Maria sendo mãe de Jesus Cristo, torna-se a mãe do próprio Deus e, por conseguinte, a mãe de toda a igreja. Ainda pior é colocá-la como co-redentora, ou seja, Jesus não é suficiente na redenção, porque Maria é participante e integra a redenção do ser humano. Apesar de isto não ser ainda um dogma oficial da ICAR, na prática é o que existe e acontece.

Isto é tão sério que para a ICAR Maria é considerada uma pessoa que nasceu sem pecado, isenta de pecado e, por conseguinte, sem a necessidade de salvação por meio de Jesus Cristo. Isto porque ela é a mãe de Deus. Sendo assim, ela também é uma intercessora para que o ser humano seja salvo.

2) O ensino da Reforma

Lutero – É verdade que Lutero inicialmente não rompeu totalmente com os ensinos da ICAR, porém, em relação ao perdão dado pelo Papa, Lutero foi radical. Olhemos as teses 5 e 6: O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais. 6ª Tese O papa não pode perdoar dívida senão declarar e confirmar aquilo que já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados.

Os reformadores no geral se opuseram a elevação de qualquer pessoa ao status de mediador entre Deus e o ser humano, inclusive Maria e os santos. Isto porque a Palavra de Deus ensina claramente que Jesus é o único mediador e redentor, não há salvação, não há nada existente, ou que já existiu, que possa se ligar a Ele ou substituí-Lo.

Alguns textos importantes sobre este ensino bíblico: 1 Tm 2,5; Hb 7; At 4,12; At 14,15; 1Co 2,2; Jo 14,6

3) Implicações hodiernas

Hoje este princípio precisa ser lembrado, pregado e vivido, pois o ecumenismo que permeia a nossa sociedade vai de encontro exatamente com a suficiência e exclusividade da obra da redenção de Jesus Cristo. Ao pregarem que é possível que outra pessoa seja um caminho para se alcançar a Deus, estamos ouvindo algo que vai de encontro com o princípio reformado o qual reflete o ensino das Escrituras.

Conclusão

Para concluir, vamos mostrar o que a Confissão de Fé de Westminster fala a respeito da Bíblia:
Aprouve a Deus em seu eterno propósito, escolher e ordenar o Senhor Jesus, seu Filho Unigênito, para ser o Mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e Rei, o Cabeça e Salvador de sua Igreja, o Herdeiro de todas as coisas e o Juiz do Mundo; e deu-lhe desde toda a eternidade um povo para ser sua semente e para, no tempo devido, ser por ele remido, chamado, justificado, santificado e glorificado.

O Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Trindade, sendo verdadeiro e eterno Deus, da mesma substância do Pai e igual a ele, quando chegou o cumprimento do tempo, tomou sobre si a natureza humana com todas as suas propriedades essenciais e enfermidades comuns, contudo sem pecado, sendo concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da Virgem Maria e da substância dela. As duas naturezas, inteiras, perfeitas e distintas - a Divindade e a humanidade - foram inseparavelmente unidas em uma só pessoa, sem conversão composição ou confusão; essa pessoa é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, porém, um só Cristo, o único Mediador entre Deus e o homem.

O Senhor Jesus, em sua natureza humana unida à divina, foi santificado e sem medida ungido com o Espírito Santo tendo em si todos os tesouros de sabedoria e ciência. Aprouve ao Pai que nele habitasse toda a plenitude, a fim de que, sendo santo, inocente, incontaminado e cheio de graça e verdade, estivesse perfeitamente preparado para exercer o ofício de Mediador e Fiador. Este ofício ele não tomou para si, mas para ele foi chamado pelo Pai, que lhe pôs nas mãos todo o poder e todo o juízo e lhe ordenou que os exercesse.

Este ofício o Senhor Jesus empreendeu mui voluntariamente. Para que pudesse exercê-lo, foi feito sujeito à lei, que ele cumpriu perfeitamente; padeceu imediatamente em sua alma os mais cruéis tormentos e em seu corpo os mais penosos sofrimentos; foi crucificado e morreu; foi sepultado e ficou sob o poder da morte, mas não viu a corrupção; ao terceiro dia ressuscitou dos mortos com o mesmo corpo com que tinha padecido; com esse corpo subiu ao céu, onde está sentado à destra do Pai, fazendo intercessão; de lá voltará no fim do mundo para julgar os homens e os anjos.

O Senhor Jesus, pela sua perfeita obediência e pelo sacrifício de si mesmo, sacrifício que pelo Eterno Espírito, ele ofereceu a Deus uma só vez, satisfez plenamente à justiça do Pai. e para todos aqueles que o Pai lhe deu adquiriu não só a reconciliação, como também uma herança perdurável no Reino dos Céus.

Ainda que a obra da redenção não foi realmente cumprida por Cristo senão depois da sua encarnação; contudo a virtude, a eficácia e os benefícios dela, em todas as épocas sucessivamente desde o princípio do mundo, foram comunicados aos eleitos naquelas promessas, tipos e sacrifícios, pelos quais ele foi revelado e significado como a semente da mulher que devia esmagar a cabeça da serpente, como o cordeiro morto desde o princípio do mundo, sendo o mesmo ontem, hoje e para sempre.

Cristo, na obra da mediação, age de conformidade com as suas duas naturezas, fazendo cada natureza o que lhe é próprio: contudo, em razão da unidade da pessoa, o que é próprio de uma natureza é às vezes, na Escritura, atribuído à pessoa denominada pela outra natureza.

Cristo, com toda a certeza e eficazmente aplica e comunica a salvação a todos aqueles para os quais ele a adquiriu. Isto ele consegue, fazendo intercessão por eles e revelando-lhes na palavra e pela palavra os mistérios da salvação, persuadindo-os eficazmente pelo seu Espírito a crer e a obedecer, dirigindo os corações deles pela sua palavra e pelo seu onipotente poder e sabedoria, da maneira e pelos meios mais conformes com a sua admirável e inescrutável dispensação.

Rev Marcio Tenponi Pacheco

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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Os Princípios da Reforma – parte I

Introdução

A Reforma Protestante do século XVI tem como seu marco histórico inicial uma atitude de um monge chamado Martim Lutero. No dia 31 de Outubro de 1517 Lutero afixou na porta da catedral de Wittenberg, na Alemanha, suas 95 teses. Esta atitude era a forma daquele tempo para convidar pessoas interessadas ao debate sobre um determinado tema.

As 95 teses de Lutero tinham como tema central à questão das indulgências e ninguém se prontificou a debater com Lutero o tema, porém, sua atitude trouxe profundas implicações, pois em pouco tempo as 95 teses foram conhecidas por quase toda a Alemanha. E isto, como também outros escritos seus, culminaram na sua ex-comunhão da ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana).

A Reforma foi um movimento amplo e perfez inúmeras implicações na vida religiosa, moral, ética, econômica, política e etc... A Reforma como movimento religioso, apresentou cinco princípios fundamentais, que são conhecidos através de expressões em latim: Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo Gloria.

Destarte, é importante ressaltar que a atitude de Lutero e dos outros reformadores, que culminaram nos cinco princípios da Reforma, atingiram o cerne do problema existente na ICAR, a saber: o distanciamento da Palavra de Deus, das Escrituras. A ICAR ao se distanciar das Escrituras estava apresentando inúmeros desvios e males.

É por isso que hoje iniciaremos o estudo sobre os cinco princípios da Reforma apresentando como primeiro princípio o Sola Scriptura, que significa “Somente a Escritura” ou a autoridade e suficiência das Escrituras.bíblia

1º Princípio: Sola Scriptura - “Somente a Escritura” ou a autoridade e suficiência das Escrituras

1) A Autoridade

O princípio Sola Scriptura em primeiro lugar aponta para uma importante questão, a Autoridade das Escrituras. A ICAR entendia, e entende até hoje, que a Bíblia é a Palavra de Deus e é importantíssima. Porém, ao lado das Escrituras, no mesmo nível de importância e autoridade, coloca a tradição. A tradição são as decisões dos diversos concílios e do Papa, quando este fala oficialmente (ex cathedra) em matéria de fé e moral.

É justamente neste aspecto que há uma imensa divergência entre os postulados reformados e a ICAR. Os reformadores e as igrejas oriundas da Reforma entendem que as Escrituras, a Palavra de Deus, é a única regra de fé e prática, ou seja, não há nada que tenha a mesma importância e autoridade que as Escrituras.

É importante ressaltar que isto não quer dizer que os reformadores negaram e negligenciaram a história, as decisões dos concílios e os costumes da Igreja de Cristo. Os reformadores entenderam que tudo isto era importante, no entanto, deveriam ser colocados sob a autoridade das Escrituras, deveriam ser entendidos, aceitos e avaliados a partir das Escrituras.

A autoridade das Escrituras é intrínseca para os reformadores, não depende da Igreja ou qualquer pessoa assentir a Sua autoridade. Isto porque, como diz 2 Pedro 1,21, ela foi escrita por homens santos inspirados pelo Espírito Santo e assim, é a revelação do próprio Deus.

2) A Superioridade das Escrituras

Outra questão importante apresentada neste princípio é a superioridade das Escrituras. A própria Palavra de Deus mostra, como no Salmo 19,1-2, que Deus é revelado através de toda a criação. No entanto, esta revelação não é suficiente para a salvação. Esta só é possível através da Revelação Especial de Deus, ou seja, a Sua Palavra, as Escrituras.

Isto também é visto na própria Palavra de Deus, em vários versículos. No Salmo 19 mesmo isto é mostrado nos vv.7-11. Também em 2 Timóteo 3,16-17; Romanos 15,4. Assim, conseguimos entender mais acuradamente o que é a Palavra de Deus. Ela é a revelação de Deus, a revelação de Deus salvando o ser humano.

3) O Centro das Escrituras e a sua Chave

As Escrituras possuem apenas um centro, ou seja, tudo gira em torno de uma pessoa apenas, Jesus Cristo. Em toda a Escritura Cristo está presente, pois Ele é o centro. Ademais, a chave de leitura da Palavra de Deus é também Cristo, ou seja, para entendermos as Escrituras é preciso saber que Jesus Cristo é o meio pelo qual isto é possível. Ele mesmo disse isto em João 5,39.

4) O livre exame

Os reformadores também apresentaram uma importante questão, o livre exame. A ICAR entendia que a Bíblia não devia ser lida pelos leigos, porque julgava que eles não seriam capazes de entender, como também, seria até perigoso deixar que qualquer pessoa lesse.

Foi na Reforma que as Escrituras passaram a ser traduzidas para as línguas vulgares, pois os reformadores acreditavam que Deus, através do Espírito Santo, iluminava a mente e os corações dos pios crentes.

É importante ressaltar que o livre exame não é uma licença para que cada um faça a sua interpretação subjetiva e exclusivista, porque Deus não é Deus de confusão, de ambigüidade. Por isso, a história da Igreja é importante, por isso Deus levanta, até hoje, homens escolhidos para equipar, aperfeiçoar e ensinar a Igreja, como nos mostra Efésios 4,11-12.

Além disto, uma regra importante que os reformadores nos deixaram para a interpretação das Escrituras é: Doutrina não é formada a partir de apenas um versículo e também, a Escritura interpreta a própria Escritura, ou seja, os versículos mais claros esclarecem os mais obscuros.

5) Implicações hodiernas

Hoje em dia a Bíblia alcançou um nível de divulgação elevadíssimo. O que poderia nos acalmar e nos fazer entender que o princípio de Sola Scriptura não seja mais tão importante quanto o foi. Todavia, hoje também é o tempo que este princípio deva ser relembrado, vivido e entendido, porque apesar da grande divulgação, as Escrituras têm sido cada vez mais deixadas de lado. Isto de duas maneiras, basicamente:

a) Pelos conhecidos como liberais, que atacam e tentam com grande força destruírem a autoridade da Palavra de Deus, afirmando que nela há erros e coisas do tipo.

b) Pelos neo-pentecostais, que apesar de lerem versículos bíblicos, fazem pregações e ensinam muitas coisas que são contraditórias ao ensino das Escrituras, ou pregam apenas mensagens de auto-ajuda, para alegrar pessoas e apaziguar os corações. Além disto, também apresentam profecias e revelações que não estão na Bíblia, que contradizem a Bíblia e muitas vezes ganham notoriedade, importância e autoridade igual a da Palavra de Deus.

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Conclusão

Para concluir, vamos mostrar o que a Confissão de Fé de Westminster fala a respeito da Bíblia:

Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.

Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, que são os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática:

A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a palavra de Deus.

Pelo testemunho da Igreja podemos ser movidos e incitados a um alto e reverente apreço da Escritura Sagrada; a suprema excelência do seu conteúdo, e eficácia da sua doutrina, a majestade do seu estilo, a harmonia de todas as suas partes, o escopo do seu todo (que é dar a Deus toda a glória), a plena revelação que faz do único meio de salvar-se o homem, as suas muitas outras excelências incomparáveis e completa perfeição, são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser ela a palavra de Deus; contudo, a nossa plena persuasão e certeza da sua infalível verdade e divina autoridade provém da operação interna do Espírito Santo, que pela palavra e com a palavra testifica em nossos corações.

Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens; reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras gerais da palavra, que sempre devem ser observadas.

Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão delas.

O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo em que ele foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas as nações aonde chegarem, a fim de que a palavra de Deus, permanecendo nelas abundantemente, adorem a Deus de modo aceitável e possuam a esperança pela paciência e conforto das escrituras.

A regra infalível de interpretação da Escritura é a mesma Escritura; portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas único), esse texto pode ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente.

O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura.

Rev. Marcio Tenponi Pacheco

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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

REFORMA HOJE ?

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No próximo dia 31 comemoramos o aniversário da Reforma Protestante. Isto porque um monge chamado Martinho Lutero (1483-1546) discordou da ordem estabelecida pela Igreja Apostólica Católica Romana e fixou 95 teses na igreja de Wittenberg, como a tradição normalmente aponta, no dia 31 de Outubro de 1517.

Contudo, a Reforma Protestante não ficou restrita apenas ao âmbito religioso, ela alçou praticamente todos os aspectos e âmbitos da vida. A Reforma Protestante mudou as relações na política, na economia, na ordem social, na ordem educacional etc. Ademais, a Reforma Protestante também foi de encontro aos anseios e vicissitudes que o povo da sua época desejava. O povo estava sofrendo por vários motivos e necessitava de respostas, consolo, palavras e amor. A Reforma Protestante impactou e mudou a vida de muitas pessoas.

É evidente que a Reforma Protestante não foi o único movimento existente em sua época, também não foi a única influência para as diversas mudanças ocorridas. No entanto, é inegável que ela tenha participado de forma imarcescível.

E isto é motivo para nós presbiterianos nos orgulharmos, pois somos descendentes deste maravilhoso movimento histórico, que na realidade foi um movimento feito por Deus no curso da história da humanidade.

 Reforma hojeTodavia, é importante refletirmos sobre a seguinte assertiva: aqueles homens foram levantados por Deus em suas épocas para serem instrumentos poderosos em Suas mãos, hoje nós temos esta responsabilidade. Como se diz popularmente, “quem vive de passado é museu”, nós não podemos viver apenas do saudosismo, precisamos tomar consciência e trabalhar hoje para promover um movimento atual para transformarmos a realidade hodierna.

Logo, diante desta comemoração importante, temos que avaliarmos a nossa posição, a nossa postura e a nossa vida. Estamos de fato fazendo jus ao status de descendentes da Reforma Protestante?

É algo a se pensar e refletir.

Do seu pastor,

Rev. Marcio Tenponi Pacheco

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vale tudo para encher as igrejas

Esta semana saiu a notícia abaixo. Não deixem de abrir o link e ler, para entender meus comentários:
Noites de luta e reggae 'enchem igrejas evangélicas no Brasil', diz 'NYT' - Estadao.com.br

Quando li a notícia fiquei pensando nos dias em que eu era seminarista, evangelizando na cidade de Olinda, Pernambuco, em bairros famosos pelo alto índice de jovens e drogas. Eu costumava promover encontros com música "gospel" para reunir os jovens, realizar acampamentos e eventos onde sempre havia a pregação da Palavra e evangelização.

Mas, sempre nos deparávamos com um problema: onde arrebanhar os jovens que se "convertiam" nestes eventos? Eles estranhavam demais as igrejas tradicionais, para onde os enviávamos. E os membros destas igrejas também os estranhavam, pela maneira de se vestirem, tatuagens, brinquinhos, cabeludos... ficávamos diante de duas alternativas. A primeira, que nunca quisemos, de abrir uma igreja diferente para abrigar estes jovens. A segunda, que acabou não funcionando, que era convencer os pastores das igrejas tradicionais a se adaptarem ou criarem espaços em suas igrejas para receber estes jovens, uma espécie de ante-câmara preparativa para o ingresso nas igrejas.

Várias das igrejas históricas tradicionais, diante das rápidas e profundas mudanças culturais que estavam acontecendo na década de 80 e 90, preferiram ficar na zona de conforto cultural e se fecharam para um mínimo de abertura. Adaptações culturais poderiam ter sido feitas, para receber estas gerações, sem comprometer as doutrinas da graça, o culto a Deus, e o bom andamento destas igrejas.

Quando vejo hoje notícias como esta, que encabeça este post, percebo que criar novas igrejas fundadas em cima dos pressupostos, customes e práticas de uma geração -- como por exemplo, o movimento das igrejas emergentes nos Estados Unidos e suas similares aqui no Brasil -- acaba levando a isto que estamos vendo, como a Renascer, tendo que promover sempre novidades, como luta livre, para atrair jovens e mantê-los na comunidade. Por outro lado, lamento que as igrejas tradicionais têm tido dificuldade em fazer adaptações mínimas que possam tornar mais fácil o ingresso desta geração em suas fileiras, como música contemporânea de boa qualidade e teologicamente sadia, liturgias centradas em Deus que ao mesmo tempo engagem o povo em adoração e reflexão, programações sociais e encontros atrantes e relevantes, com conteúdo e diversão, pontes para evangelização que nos coloquem em contato com esta geração e nos permitam levar-lhes de maneira relevante e significativa a mensagem sempre atual do Evangelho de Cristo.

Luta-livre em igrejas evangélicas como método de crescimento de igreja, embora nos choque, é a conclusão lógica da teologia pragmática que sustenta o movimento de crescimento de igrejas, que se pensava que estivesse defunto, mas eis que ressurge pelas pesadas portas abertas das igrejas emergentes. Nesta visão, vale tudo para encher igrejas. E aquelas que não estão dispostas a encher seus salões a qualquer preço, são vistas como retrógradas, sem o Espírito Santo, fechadas, etc.

Comentando o assunto com Solano, ele me escreveu o seguinte: "os jovens precisam também entender que conversão e teologia correta envolvem várias mudanças comportamentais, considerações pelos outros, abnegação – para não forçar os direitos ou estilos de vida sobre os outros. Ou seja, nem toda tradição é careta – muitas coisas têm razão de ser. Uma igreja que se estruture só para jovens ou para abrigar um determinado tipo de cultura, se tiver a teologia correta, cedo verificará a necessidade de estar ministrando a famílias, a ter departamentos infantis, presbíteros, diáconos, etc."

Existem igrejas que têm feito tentativas de acolher a presente geração sem contudo prejudicar o serviço aos mais velhos e sem comprometer a boa teologia, como a de Mark Driscoll, em Seattle, que preza uma teologia correta e prega arrependimento, inerrância da Palavra, céu e inferno, mediação de Cristo e a soberania de Deus; mas que desenvolve uma abordagem contemporânea e assim pode cumprir funções evangelísticas cruciais no Corpo de Cristo, em seu sentido mais amplo.

Todavia, à medida que igrejas como esta do Driscoll envelhecem, e os jovens de hoje começarem a constituir famílias, ter filhos e envelhecer, elas terão de se adaptar outra vez para não perder o rebanho. E lá virão as reuniões de casais, cursos sobre famílias, encontros da terceira idade, reuniões de senhoras, etc. É inevitável. Esta síndrome de Peter Pan destas igrejas cedo esbarrará na realidade inexorável do envelhecimento.

Lamento pelas duas coisas. Primeiro, pela baixaria a que determinados segmentos considerados "evangélicos" pela mídia chegou para encher templos. Segundo, pela aparente incapacidade de uma parte das igrejas históricas de se comunicarem de maneira mais relevante com a atual geração jovem e recebê-la em suas comunidades, sem jamais comprometer ou diluir a boa doutrina e prática do Evangelho.

Rev. Augustus Nicodemus Lopes  em http://tempora-mores.blogspot.com/2009/09/vale-tudo-para-encher-as-igrejas.html

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Nossas Crianças

“Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.” Mt 18.2-4

Dia 12 de OutubJesus e criançasro, dia das crianças. O Dia Mundial da Criança, oficialmente, é 20 de novembro, data que a ONU (Organizações das Nações Unidas) reconhece como Dia Universal das Crianças por ser a data em que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança. Porém, a data efetiva de comemoração varia de país para país. No Brasil, o Dia da Criança é comemorado em 12 de outubro, que é um feriado. Comumente, estas datas comemorativas servem para homenagear e valorizar, como: Dia da Mulher, Dia das Mães, Dia do professor etc.

Durante muito tempo, e ainda nos dias de hoje, vimos e vemos em nossas igrejas, as crianças sendo tratadas como “os crentes de amanhã”, mas, mesmo com essa filosofia, não se investiam nas crianças, considerando-as como causadoras de desordem no culto. Cristo Jesus nos ensina que, as crianças são bem vindas na Igreja e, que nós, os adultos, de modo algum podemos dizer o contrário. Em outra ocasião, Jesus usou uma criança para instruir seus discípulos contra a soberba e a vaidade de querer ser o maior no Reino dos Céus, se utilizando, como exemplo de humildade e dependência, uma criança.

Nesta data comemorativa e em todos os dias do ano, olhemos para os nossos pequeninos sabendo que isso é agradável perante o Senhor. Sejamos para elas pedras de passagem e não de tropeço. Não vamos embaraçar a mente dos nossos infantes crentes, mas iluminemos seus corações como a alegria de Cristo.

E que Deus nos ajude a sermos como crianças.

Seminarista Hebenezer

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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

SÓ OBSERVANDO!

O pastor de uma igreja decidiu observar as pessoas que entravam para orar. A porta se abriu e um homem de camisa esfarrapada adentrou pelo corredor centobservandoral. O homem se ajoelhou, inclinou a cabeça, levantou-se e foi embora. Nos dias seguintes, sempre ao meio-dia, a mesma cena se repetia. Cada vez que se ajoelhava por alguns instantes, deixava de lado uma marmita.

A curiosidade do pastor crescia e também o receio de que fosse um assaltante, então decidiu aproximar-se e perguntar o que fazia ali. O velho homem disse que trabalhava numa fábrica, num outro bairro da cidade e que se chamava Jim. Disse que o almoço havia sido há meia hora atrás e que reservava o tempo restante para orar, que ficava apenas alguns momentos porque a fábrica era longe dali.E disse a oração que fazia: 'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados.Não sei bem como devo orar,mas eu penso em você todos os dias.Assim, Jesus,hoje estou aqui,só observando.'

O pastor, um tanto aturdido, disse que ele seria sempre bem-vindo e que viesse à igreja sempre que desejasse. 'É hora de ir' - disse Jim sorrindo. Agradeceu e dirigiu-se apressadamente para a porta.

O pastor ajoelhou-se diante do altar, de um modo como nunca havia feito antes. Teve então, um lindo encontro com Jesus. Enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ele repetiu a oração do velho homem... 'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar mas penso em você todos os dias. Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.'

Certo dia, o pastor notou que Jim não havia aparecido. Percebendo que sua ausência se estendeu pelos dias seguintes, começou a ficar preocupado. Foi à fábrica perguntar por ele e luneta descobriu que estava enfermo. Durante a semana em que Jim esteve no hospital, a rotina da enfermaria mudou. Sua alegria era contagiante. A chefe das enfermeiras, contudo, não pôde entender porque um homem tão simpático como Jim não recebia flores, telefonemas, cartões de amigos, parentes... Nada!

Ao encontrá-lo, o pastor colocou-se ao lado de sua cama. Foi quando Jim ouviu o comentário da enfermeira: - Nenhum amigo veio pra mostrar que se importa com ele. Ele não deve ter ninguém com quem contar!! Parecendo surpreso, o velho virou-se para o pastor e disse com um largo sorriso: - A enfermeira está enganada, ela não sabe, mas desde que estou aqui, sempre ao meio-dia ELE VEM! Um querido amigo meu, que se senta bem junto a mim, Ele segura minha mão, inclina-se em minha direção e diz: 'Eu vim só pra lhe dizer quão feliz eu sou desde que nos tornamos amigos. Gosto de ouvir sua oração e penso em você todos os dias. Agora sou eu quem o está observando... e cuidando! ' Jesus disse: 'Se vós tendes vergonha de mim, também me envergonharei de vós diante do meu Pai.' Jesus é sempre o melhor amigo. SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO (a)!

Transcrito

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

TUDO DÁ CERTO PARA OS OUTROS

Salmo 37,1-5

Em muitos momentos de nossa vida parece que as coisas não mudam, temos a impressão que os sonhos não se concretizarão, mesmo sendo pessoas que vivem o Evangelho e amam a Jesus, os sonhos parecem estar tão distantes de nós. E o pior, vemos outras pessoas, até mesmo aquelas que nada querem saber de Jesus, prosperarem, parecendo que tudo dá certo em suas vidas. Com isso, acabamos ficando, no mínimo, tristes, cabisbaixos etc...derrota

É então que a Palavra de nosso Deus, como sempre, tem algo precípuo a nos revelar. Quando lemos o Salmo 37,1-5, aprendemos coisas tremendas. Em primeiro lugar vemos Deus ressaltando o seguinte: Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade. Pois eles dentro em breve definharão como a relva e murcharão como a erva verde.

Após esta primeira recomendação que chama a atenção para o fato da alegria dos afastados do Senhor ser apenas fugaz e pífia, pois por mais alegres que pareçam é apenas aparência superficial, o nosso Deus aponta algumas atitudes que precisamos ter em nossa vida. Destarte, nosso Deus nos diz:

Confia no SENHOR – Precisamos ter fé, confiança em nosso Deus que é também o nosso Pastor que cuida de nós; faze o bem – Precisamos, mesmo num mundo violento e desejoso em fazer o mal, precisamos ser aqueles que pregam e fazem o bem a todos; habita na terra – Precisamos viver a nossa vida e não ficar preso a vida dos outros, com os seus ganhos, pois quando ficamos presos à vida dos outros não temos como viver a nossa própria vida; alimenta-te da verdade – buscar o verdadeiro alimento, que é mais do que pão, como disse Jesus em Mateus 4,4 Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus; Agrada-te do SENHOR – ou seja, vivamos alegres com o que o Senhor já tem nos dado, pois Ele já tem feito coisas tremendas em nossas vidas. Precisamos viver algo que muitas vezes é esquecido, a gratidão. Você tem sido grato ao Senhor? Por fim, o Senhor ainda nos fala: Entrega o teu caminho ao SENHOR – Precisamos viver no centro da vontade de Deus, mesmo quando ela não é exatamente o que gostaríamos, pois a felicidade só será realmente encontrada quando estiver no centro da Sua vontade, por isso Ele nos diz, entrega o teu caminho a mim....

Ademais, o nosso Deus faz promessas a nós que buscamos viver estas verdades que Ele mesmo nos orientou dizendo: O Senhor satisfará os desejos do teu coração, pois o mais ele fará. – Quando vivemos como nos orienta a Palavra de nosso Deus, Ele mesmo faz as coisas acontecerem em nossas vidas, basta que tenhamos paciência e aguardemos o tempo certo, ou seja, o tempo dEle. E quando o tempo dEle chegar as coisas acontecerão e veremos a manifestação grandiosa do poder de Deus em nossas vidas. Eu gosto sempre de afirmar o seguinte: Deus está fazendo! Mesmo que não consigamos ver agora, mas Ele está fazendo e as promessas feitas por Ele a nós é justamente isso.

Que o Senhor abençoe a sua vida!

Rev. Marcio Tenponi Pacheco

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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

OS SACRAMENTOS

As Igrejas Cristãs de forma geral, e especialmente as Reformadas, afirmam que a Palavra de Deus é o centro do culto. No entanto, infelizmente não é isso o que temos visto, pois a Palavra de Deus no culto não se manifesta apenas no âmbito da pregação, mas também quando participamos dos sacramentos, como diria Agostinho, o sacramento é a palavra que pode ser vista.

Destarte, nós deveríamos valorizar os sacramentos muito mais do que fazemos, começando por apreender o que está em jogo quando temos a alegria de participar dos santos sacramentos. Por isso, faço aqui um resumo de um estudo que dei na Igreja sobre os sacramentos. Comecemos então, com a precípua questão:batismo de Jesussantaceia davinci

  O que é um Sacramento?

Sacramento segundo a Confissão de Fé de Westminster:

Os sacramentos são santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por Deus para representar Cristo e os seus benefícios e confirmar o nosso interesse nele, bem como para fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo, e solenemente obrigá-los ao serviço de Deus em Cristo, segundo a sua palavra.

Sacramento segundo o Catecismo Maior de Westminster, pergunta 162:

Um sacramento é uma santa ordenança instituída por Cristo em sua Igreja, para significar, selar e conferir àqueles que estão em pacto da graça os benefícios da mediação de Cristo, para os fortalecer e lhes aumentar a fé em todas as mais graças, e os obrigar à obediência, para testemunhar e nutrir o seu amor e comunhão uns para com os outros, e para distingui-los dos que estão fora.

A partir destas definições bilbico-teológicas, podemos ressaltar a finalidade do sacramento:

" significar ... para os que estão no pacto da graça os benefícios da mediação de Cristo ";

" selar ... para os que estão no pacto da graça os benefícios da mediação de Cristo ";

" conferir ... para os que estão no pacto da graça os benefícios da mediação de Cristo ";

" são sinais ... do pacto da graça ... para representar Cristo e Seus benefícios “;

Marcar .... “diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo”;

União ... “os que participam... deste sacramento, também recebem intimamente, pela fé, a Cristo Crucificado e todos os benefícios de Sua morte e nele se alimentam... real, verdadeira e espiritualmente”.

Portanto, se nós tivermos isto em nossas mentes e corações com toda a certeza começaremos a valorizar mais os santos sacramentos e isto mudará muitas coisas em nossas vidas cristãs, a partir do próprio culto.

Que o Senhor abençoe a sua vida.

No Eterno,

Rev. Marcio Tenponi Pacheco

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©2007 '' Por Elke di Barros